Há quantos anos meus sonhos tem o tema frequente de uma transformação do planeta, um tal de fim de mundo, na minha cabeça ainda adolescente da época. E agora adulta percebo que há um processo estranho que se inicia como um "fim de mundo" deve se iniciar: bruscamente.
Nos meus sonhos eu era bem menos adolescente e agora, mãe e mulher, me sinto como uma jovenzinha assustada com a vida, que se mostra grandiosa e devastadora.
Então é assim que começa? É assim que toda transformação se processa? Sem sentirmos que estamos preparados? Sem sentir que é o momento certo? Sem saber mais o que esperar e perceber que, apesar de tudo o que se faça ou pense, está tudo fora de controle, pelo menos do seu controle... então é essa sensação de impotência? É toda essa angústia? Todo esse choro que vai lavar as lamas internas?
Nunca pensei que seriam os dois mundos ao mesmo tempo se transformando, o externo e o de dentro. Imaginei, ingenuamente, ter tempo para cada um, separadamente... ou me enganei... ou me atrasei... é mais certo ser o segundo. Há anos com conciência dos fatos e andando sempre a passos lentos... e agora que a tempestade chegou é assim que ela me pega: fraca e desprevinida. Como uma sacola no vento arrebatada de um lado pra outro, perdida e sem consolo de reunir forças suficientes para vencer a ventania. Mas, será?... ainda há tempo?... será que ... não sei mais nada... talvez antes soubesse, mas agora não me pergunte... tinha algumas respostas convincentes, até pra mim mesma, mas o vento fez questão de levar pra bem longe, tão longe que já nem lembro... como era mesmo?...
Então é assim..., sem mais nem menos, estar no olho do furacão...
Força, Coragem, Sabedoria a todos que estão neste momento no epicentro de suas missões, aos que se entrelaçaram com os seus compromissos marcados de outras eras, pois que tudo passa e a alma permanece cada vez mais gigante.
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